CANCELADA | Marcha LGBTI+ de Lisboa

| MARCHA CANCELADA |
Por motivos superiores, e com os desenvolvimentos das últimas horas, que estão fora do nosso controlo, a Comissão que organiza a Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa decidiu cancelar a marcha.
Lê o comunicado para mais informações!#ParaSempreAMarchar

COMUNICADO OFICIAL

A Comissão Organizadora (CO) da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa voltou hoje, 18 de junho, a reunir-se, às 21 horas, após receber um parecer tardio da Direção Geral de Saúde desfavorável a esta manifestação.
Ao longo dos últimos meses, a CO contactou todas as entidades competentes – Câmara Municipal de Lisboa, Polícia de Segurança Pública e Direção Geral de Saúde – informando-as da intenção de manifestação e de todas as medidas excecionais que previa tomar para mitigar os perigos de propagação do vírus SARS-CoV-2.
Apesar das tentativas de contacto continuadas ao longo de dois meses, no sentido de preparar este evento com as melhores condições, recomendações e segurança possíveis, apenas na véspera a Direção Geral de Saúde remeteu à CO um parecer desfavorável.
Este atraso na emissão do parecer técnico impossibilitou-nos a implementação de medidas de segurança adicionais ou modelos alternativos de marcha, além de não permitir uma desconvocação responsável da mesma. Este parecer foi um fator decisivo para a mudança de posição desta CO, que hoje deliberou pela não realização da Marcha do Orgulho planeada para sábado, dia 19 de junho, contrariamente ao comunicado no dia 17 de junho.
A emissão de um parecer tão desfavorável num momento em que já nem um cancelamento público é eficaz acaba por se traduzir, na prática, numa forma encapotada de limitação de direitos políticos, em concreto, do direito de manifestação.
Sentimos que a DGS demonstrou uma desconsideração pelas sucessivas tentativas de contacto para planeamento duma marcha política segura, e ainda um profundo desconhecimento sobre a sua natureza e o que esta representa para a nossa comunidade.
Ademais, consideramos que as medidas de mitigação recomendadas ao nosso movimento para a realização de uma marcha num momento epidemiológico mais favorável (leia-se, adiamento da manifestação) incluem um conjunto alargado de pontos inexequíveis. Entre estes, é-nos recomendada a medição de temperatura corporal, a existência de instalações sanitárias e de isolamento, e um registo de todas as pessoas participantes. Algumas recomendações levantam questões quanto à sua constitucionalidade e legalidade, merecendo uma enorme preocupação por parte da Comissão Organizadora da Marcha de Orgulho LGBTI+ de Lisboa.
Numa altura de regressão de direitos e perante todos os cuidados e medidas propostos e divulgados por esta Comissão Organizadora, consideramos este parecer e o tempo em que chegou um desrespeito e erro político. Não obstante, reconhecemos e partilhamos com a Direção Geral de Saúde a preocupação com a evolução da pandemia e agradecemos o trabalho que desempenha na contenção da mesma.
A Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, tal como em 2020, continuará a lutar pela defesa dos direitos da comunidade.
Desconfinar direitos, afastar preconceitos!
Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa

22ª Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa 2021 | Junta-te à Opus Diversidades

Ver aqui o nosso vídeo

Partilha com quem conheças e queira juntar-se a nós! Bloco 4!
O mote é marchar com todas as cores do arco-íris., com toda a segurança.
Este Sábado dia 19 de Junho, pelas 17h30, estaremos na Avenida da Liberdade.
Pelas 18h ocorre a 22ª Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, vem daí!
Traz a tua voz e motivação!
❤#opusdiversidades#clubesafo#queertropical#MarchaOrgulho2021#MOL21

A OPUS DIVERSIDADES DIZ NÃO à Homofobia, à Bifobia e à Transfobia

Dia 17 de Maio – IDAHOT 2021
?️‍??️‍⚧ Together: Resisting, Supporting, Healing!
?️‍??️‍⚧ Em Conjunto: Resistir, Apoiar, Cicatrizar!

A Direcção da Opus Diversidades agradece ao Rúben F. Lopes pela edição do vídeo
#DireitoaautodeterminaçãodaIdentidadedeGenero #ExpressaodeGenero #ProtecaodasCaracteristicasSexuais #direitosdecidadania #discriminacao #preconceito #migrantes #CampanhaIDAHOT2021 #DireitosLGBTISãoDireitosHumanos #opusdiversidades #SECI #CIG #IDAHOT #TogetherResistingSupportingHealing

IRS – Ajude-nos a ajudar!


Este ano, quando preencher a sua declaração de IRS, ajude 1 Associação à sua escolha.
0.5% do valor do seu IRS é atribuído à Instituição que escolher.
Somos a Obra Gay Associação – Opus Diversidades.
Com a sua ajuda, podemos fazer mais e melhor.

Coloque 504 455 311 no Modelo 3 da sua declaração de IRS.


Dia Internacional da Visibilidade Trans


Hoje, dia 31 de Março, assinalamos o Dia Internacional da Visibilidade Trans. ???


Este dia foi instituído pela activista transgénero Rachel Crandall (Michigan) em 2009, sendo repercutido pela “Trans Student Educational Resources” sediada nos EUA, como marco importante na consciencialização para a importância da Visibilidade Trans, em redor do mundo.
Celebramos, neste dia, a Diversidade na Identidade de Género, de todas as pessoas trans, binárias ou não-binárias, as conquistas alcançadas, os Direitos adquiridos, a Liberdade de Ser em pleno independentemente dos padrões cisnormativos, alheados da multiplicidade biológica e identitária intrínseca ao ser humano.
A Visibilidade Trans representa a Existência, a Valorização e a Integração de todas as pessoas trans, numa sociedade justa, diversa e igualitária, contrária a todas as formas de Transfobia Ideológica e Institucional.
Reiteramos a necessidade constante de Luta pelos Direitos das pessoas trans.

#opusdiversidades #trans #lives#matter#international#day#trans#visibility#awareness ?️‍??️‍⚧


Opus Diversidades: Posição perante Norma Actualizada da DGS


Hoje fez-se história. Pecando, apenas, pelo quão tardia foi a passagem da teoria à prática.
Em 1999, numa acção promovida pela Opus Gay, o GTH do PSR e a ILGA, gays tentaram doar sangue e foram recusados.
Passados 21 anos, e depois de vários avanços e recuos, e de muita hipocrisia, esperamos que se verifique o ditado popular «mais vale tarde do que nunca».
A discriminação exercida contra pessoas baseada na sua orientação sexual foi finalmente retirada da Norma da DGS e, consequentemente, será retirada do questionário do IPST.
Destacamos como Pontos Positivos, o facto de o Ponto J da Fundamentação reconhecer, finalmente:

  • ausência de «evidência científica que suporte a recomendação de um determinado período de suspensão da dádiva entre homens que têm sexo com homens (HSH)»;
  • inclusão de linguagem não-binária e inclusiva, em conformidade com as recomendações resultantes do V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e Não-Discriminação e do Manual do Conselho da União Europeia;
  • citação dos princípios de igualdade e não-discriminação, constantes do Art.º 13.º da Constituição da República Portuguesa e da Lei de Bases da Saúde;

Merecem, no entanto, as nossas reticências, os seguintes pontos:

  • manutenção da menção ao risco aumentado para infecção da participação de práticas sexuais anais, sustentada por muito poucos estudos e, sobretudo, a referência ao um intervalo demasiado alargado para a eficácia do preservativo (35-95%), que se baseia numa única meta-análise de 1993, quando existem estudos bastante mais recentes que apontam para valores de protecção muito superiores (Gianu FK et al. 2016; Johnson WD et al. 2018);
  • confusão que persiste no questionário nas opções para sexo, onde as pessoas intersexo parecem ser incluídas na classe de identidades e expressão de género.

As reivindicações que fazemos deverão ser consideradas na aplicação da Actualização da Norma, designadamente:

  • monitorização dos processos de triagem para detectar, denunciar e punir os casos de incumprimento e de discriminação que persistam;
  • implementação de acções de formação sobre discriminação e a distinção entre comportamentos de risco e orientação sexual, direccionados aos técnicos responsáveis pelos processos de triagem;
  • promoção de campanha(s) nacional(ais) que promova(am) a dádiva de sangue e eduquem a opinião pública sobre comportamentos de risco e lutem contra o estigma e o preconceito;
  • alargamento do financiamento e do âmbito dos estudos que permitam definir, com base na evidência científica, de critérios de inclusão e exclusão claros para outras populações ainda afastadas liminarmente da dádiva.

Não podíamos deixar de agradecer a todas as pessoas que, ao longo da última semana, se solidarizaram com a acção de dádiva de sangue por pessoas LGBTQI+, promovida pela Opus Diversidades, que a divulgaram e que apareceram hoje no Centro de Sangue e Transplantação de Lisboa para cumprir o seu dever cívico: doar sangue!

A Opus Diversidades emprestará sempre a sua Voz a todas as frentes a que seja possível chegar, por mais que nos tentem demover ou desconsiderar.
Estamos em 2021. Sejamos mais humanos. Orgulho não é apenas celebração, é luta. Luta por um amanhã mais igual.

Para ver a Norma actualizada, no site da DGS:

https://cutt.ly/kxigIyS

Referências dos artigos citados na eficiência do preservativo:

Gianu FK et al., 2016 ver https://cutt.ly/UxijWh0

Johnson WD et al., 2018 ver https://cutt.ly/WxijOb6


O Sangue não tem Orientação Sexual – Manifesto


Quando uma pessoa sangra, sangra vermelho. Quando uma pessoa LGBTI+ sangra, sangra de igual a todas as restantes pessoas, por mais que as vozes digam que não.
O Sangue não tem orientação sexual, e por isso mesmo anexamos o seguinte Manifesto, em nome de toda a Opus Diversidades.
Está na altura de quebrar com estigmas do milénio passado, de ultrapassar barreiras, medos infundados, discriminações que não fazem sentido na sociedade democrática, em pleno 2021.

Podes ler o Manifesto da Opus Diversidades sobre a discriminação sentida pela comunidade LGBTI+ nas tentativas de dádiva de sangue no PDF infra:

O-Sangue-nao-tem-Orientacao-Sexual-Manifesto


Evento “Sangue não tem orientação sexual” | 19 março 2021 | 17 horas


No início do ano, dirigindo-se ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Bruno d’Almeida tentou exercer o seu direito de doar sangue. Viu-se impedido de o fazer, tendo ouvido de um técnico de saúde, e posteriormente de uma médica, que «homens que fazem sexo com homens não podem doar».
De acordo com o Estatuto do Dador de Sangue, «É dever cívico de todo o cidadão saudável contribuir para a satisfação das necessidades de sangue da comunidade, nomeadamente através da dádiva», sendo um acto cívico, voluntário, benévolo e não remunerado.
Este bloqueio, ilegal, reitera, e perpetua, um estigma dirigido à comunidade LGBTQI+, especialmente a Homens que fazem Sexo com Homens (HSH), sobre a pandemia do VIH e a transmissão de outras ISTs, que se mantém desde o milénio anterior.
• Dados oficiais de final de 2020 indicam que os níveis de transmissão de VIH em Portugal são superiores nos contactos heterossexuais (57,8%);
• O Estatuto do Dador de Sangue explicita que aquele tem o direito a «não ser objecto de discriminação»;
• Desde 2015, que a lei vigente não contempla qualquer discriminação relativamente à doação de sangue por HSH;
• A Norma nº 009/2016 da DGS identifica comportamentos sexuais de risco para toda a população e NUNCA orientações sexuais de risco; Concluímos que esta recusa, atroz, infundada e demagógica, resulta do preconceito e homofobia já característicos do IPST.
Há profissionais de saúde que, sem qualquer base científica, contrariando legislação e normas das autoridades de saúde nacionais, e as declarações da própria Presidente do IPST, perpetuam estigmas, recusam o exercício de um dever, ou tentam demovê-lo o mais possível, aparentemente sem qualquer consequência, ética, deontológica ou disciplinar, e perante o silêncio cúmplice das autoridades responsáveis, que não contrariam nem denunciam essas práticas ilegais. As práticas discriminatórias na dádiva de sangue mantêm-se. A recusa em aceitar dádivas de homens homossexuais ou bissexuais, para mais na situação pandémica em que vivemos, além de ilegítima é criminosa. As pessoas LGBTQIA+, incluindo HSH, da Equipa da Opus Diversidades, cumprirão o seu dever cívico de contribuir para a satisfação das necessidades de sangue da comunidade, na próxima 6ª feira.
Apelamos a todas as pessoas LGBTQIA+, muitas das quais eram dadoras e deixaram de o ser, ou simplesmente se recusam a doar, devido à discriminação, para que se juntem a nós e mostrem ao IPST que o sangue se distingue por A, B, AB, O e não por LGBTQI+… PORQUE NÃO HÁ SANGUES MAIS IGUAIS QUE OUTROS


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